A tentativa de reter talentos por meio do recurso da promoção ou do aumento salarial com esse perfil de colaborador não surte efeitos
Nos últimos anos, as empresas deixaram de se perguntar apenas como conseguir mão de obra qualificada. Atualmente, quando o assunto é capital humano, a principal pergunta é: como treinar e reter talentos? A mudança é justificável no cenário atual. A geração Y, composta por pessoas que nasceram dos anos 80 até o início dos 90, é marcada pela dependência tecnológica e pela rebeldia criativa. Outra característica destes jovens profissionais é que dão menos valor para a carteira assinada, um sinônimo realização para seus pais e avós.
Segundo especialistas, mudar de emprego constantemente é marca registrada dessas pessoas. Elas buscam novos desafios e aprendizados o tempo todo e quando não encontram mais, deixam o emprego para começar uma nova (e curta) jornada. Com grande parte da mão de obra jovem pulando de galho em galho, o processo de recrutar, selecionar, treinar e reter talentos se tornou uma grande dificuldade para as empresas.
Colaboradores com disposição e sedentos por conhecimento deveria ser um bônus, uma vantagem competitiva para qualquer instituição. Mas como manter esses jovens interessados na rotina que se cria para o trabalho? Atender as expectativas deles, apresentando novidades a todo o momento, não é viável. Muitas vezes, um projeto de longo prazo requer concentração, dedicação, disciplina e rotina para ser realizado.
O grande desafio é estimular e desenvolver as habilidades desses colaboradores para que elas sejam usadas a favor das atividades da empresa. Rotinas burocráticas e processos demorados são barreiras que esses jovens preferem pular ao invés de derrubar. As empresas devem estar preparadas para absorver esses profissionais e extrair deles o melhor para a evolução do negócio.
A tentativa de reter talentos por meio do recurso da promoção ou do aumento salarial com esse perfil de colaborador não surte efeitos. A concepção de realização profissional da geração Y vai além de questões financeiras. A integração entre trabalho e qualidade de vida ganha cada vez mais destaque em sua lista de prioridades.
Neste mundo globalizado e em crise financeira, a busca de soluções criativas, inovadoras e eficientes para otimizar processos e potencializar resultados são essenciais e os profissionais mais jovens podem colaborar com isso. Não estarem atrelados às regras possibilita que eles pensem com mais liberdade "fora da caixa" e apresentem ideias.
As empresas devem flexibilizar sua cultura organizacional e implantar programas de desenvolvimento de talentos para que consigam retê-los e, com isso, aproveitar o que esta nova geração de profissionais tem a oferecer. Afinal, hoje, o funcionário deve se encaixar no perfil da empresa e vice-versa.
Fonte: Administradores
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