quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Coaching, mentoring ou counseling: quando recorrer a um ou a outro?

Tantas especificidades geram dúvidas sobre quem chamar quando é preciso resolver determinado problema
Por Camila F. de Mendonça, InfoMoney

No mercado de trabalho, não são poucos os profissionais que precisam de alguma orientação. E não faltam pessoas para realizar essa tarefa. Se, antes, quaisquer problemas identificados eram direcionados ao departamento de Recursos Humanos, hoje, para cada problema existe um especialista.

Tantas especificidades geram dúvidas sobre quem chamar quando é preciso resolver determinado problema. Coaching, mentoring e counseling são exemplos de orientação para o desenvolvimento dos profissionais.
Mas como saber quando é preciso chamar um ou outro?

Primeiro, é preciso saber a diferença entre eles. "O coaching desenvolve habilidades comportamentais dos profissionais, o mentoring desenvolve habilidades técnicas, já o counseling é mais para um aconselhamento de carreira", resume a diretora de desenvolvimento da Right Management, Márcia Palmeira.

Cada problema, uma solução

Para a diretora da Beulá – Desenvolvimento Pessoal, que atua na área de mentoring e counseling, Yara Rocca, é preciso que os profissionais fiquem atentos às especificidades de cada "consultor" para que seus objetivos sejam, de fato, atingidos.

Ela explica que o coaching atua como um técnico que ajuda o profissional a atingir um objetivo. "Para atingir essas metas, é preciso observar as habilidades profissionais", ressalta.

Já o counseling atua em atendimentos mais específico. "Nesse caso, é para ajustes rápidos, atendimentos pontuais e objetivos, por isso, é bom que esse conselheiro tenha experiência em uma determinada área", afirma.

O mentor, por sua vez, lida com as complexidades dos profissionais para auxiliá-los na alavancagem da carreira. "O mentor olha o lado pessoal do profissional e avalia se ele está mesmo ocupando o cargo certo. Ele faz a pessoa refletir", avalia Yara.

Atenção aos seus problemas

Para saber qual especialista chamar, as empresas, departamentos de RH e profissionais devem ficar atentos. Um coach, de maneira geral, auxilia qualquer tipo de profissional a atingir suas metas, quando elas já estão bem especificadas.

Ele ajuda a organizar os planos. "Nesse caso, é preciso que o coaching seja um profissional externo da empresa, porque um interno tem aquela visão da rotina da empresa, o que pode comprometer a análise", afirma Márcia.

O mentor, por outro lado, é utilizado por profissionais que ainda estão perdidos sobre o que querem. "O mentor vai dizer o que ele tem de fazer e como", afirma Márcia. E, para isso, o especialista utiliza as experiências dele mesmo e do profissional para trilhar um caminho que, no fim, pode ser acolhido ou não pelo profissional.

Já o counseling é procurado por profissionais de liderança que precisam resolver problemas muito específicos. E para aqueles que estão em transição de carreira.
Para Márcia, ainda que cada especialista tenha a sua especificidade, ela alerta que no mercado os três papéis acabam se confundindo, pois os três envolvem desenvolvimento, seja de comportamentos, habilidades ou técnicas.
"Todos passam por essas questões", afirma.

Fonte : Administradores.com

Acomodado eu? Consultores dão dicas para saber se está acomodado no trabalho

Falta de inovação e a não preocupação em aparecer podem ser indicativos de acomodação

João trabalha na mesma empresa há anos, nunca mudou de cargo, mas está contente com a função que exerce, com o salário que recebe e não tem nenhuma pretensão de assumir novas responsabilidades, ou de procurar uma nova colocação no mercado. João pode ser considerado uma pessoa feliz? Sim, mas também poder ser que João seja acomodado.

De acordo com as especialistas ouvidas pelo Portal InfoMoney, a headhunter da De Bernt Entschev Human Capital, Cristina Reininger; e a consultora de Outplacement da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Maria Helena Mazari, a falta de inovação e a não preocupação em aparecer, por exemplo, podem ser indicativos de acomodação.

"A pessoa começa a achar que tudo faz parte da rotina e passa a não trazer soluções para a empresa. Ela não inova e não se preocupa em aparecer, em fazer mais, em dar sugestões", diz Cristina.

Sem promoções

Outros indícios de que o profissional pode estar acomodado são não ser chamado para novos projetos na empresa e não ser agraciado por promoções, especialmente quando colegas na mesma função, com menos tempo de empresa, conseguem evoluir dentro da companhia.

"Este é um sinal, entre outras coisas, de que a pessoa tem baixa produtividade, não procura melhorar as dificuldades apontadas, não se recicla, é sem energia", explica Maria Helena.
Impactos

Ainda de acordo com as especialistas, a acomodação pode levar à estagnação da carreira e até à demissão, já que o profissional não acompanha o desenvolvimento da equipe e da empresa como um todo.

Além disso, pessoas que costumam apresentar acomodação na vida profissional costumam não se atualizar, o que pode dificultar uma possível busca de recolocação no mercado de trabalho.

Por outro lado, ao perceber que está acomodado, o profissional pode tentar reverter a situação, procurando se atualizar, sanar possíveis "gaps", sendo mais participativo e até procurando a ajuda de profissionais mais experientes, como um mentor, ou mesmo o líder ou o RH (Recursos Humanos) da empresa.

Fonte: Administradores.com

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

INAUGURAÇÃO CENTRAL DE TRABALHO E RENDA DE SÃO BERNARDO DO CAMPO

A Prefeitura de São Bernardo do Campo fará a inauguração da Central de Trabalho e Renda, no dia 10 de dezembro de 2010, às 14h30, à Rua Marechal Deodoro, nº 2316, Centro, São Bernardo do Campo.

A CTR, que é fruto de um convênio entre a Prefeitura e o Ministério do Trabalho e Emprego, promoverá a intermediação pública e gratuita de mão-de-obra.

Na CTR, serão oferecidos: Cadastramento de Desempregados, Oferta de Vagas de Trabalho, Habilitação e Pagamento de Seguro Desemprego, Cursos de Qualificação Profissional.

Trata-se de um equipamento público que deverá ter importante papel de geração de trabalho e renda e de inclusão social.

Contamos com você na inauguração!

Informações: RVSP - (11) 43481054
regina.zanke@saobernardo.sp.gov.br

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Mercado de trabalho abre as portas para a maturidade

Profissionais seniores estão em alta nos setores de comércio e prestação de serviços. Até mesmo aposentados começam a ser resgatados por empresas e cada vez mais surgem oportunidades de emprego para quem ultrapassou os 40 anos de idade.

Ao contrário de décadas passadas, quando a idade era um empecilho para conseguir uma colocação no mercado de trabalho, profissionais com mais de 40 anos têm conseguido colocação com mais frequência, principalmente no comércio - setor em que a iniciativa foi precursora - e em cargos técnicos. Além disso, nos últimos anos, alguns setores, como o da construção civil, estão sentindo falta de profissionais com experiência e têm contratado funcionários seniores, inclusive muitos que já estavam aposentados.


Tornou-se comum ver esses profissionais também em supermercados, lojas, restaurantes, pedágios e no setor imobiliário. Outras áreas, como prestadores de serviços, consultorias, financeiras, Tecnologia da Informação (TI) e recursos humanos despertaram para o potencial dos grisalhos. Até mesmo o setor industrial conta hoje com consultores e gestores com idade mais avançada. Entre os motivos para essa reviravolta, os mais comuns são ausência de mão de obra qualificada e falta de comprometimento dos mais jovens, explica Fernando Montero da Costa, diretor de operações da consultoria Human Brasil, empresa especializada na seleção e recrutamento de talentos, formação, desenvolvimento e consultoria estratégica de pessoas nas organizações.


Segundo Costa, esse processo vem acontecendo no Brasil desde 2007. “Anteriormente, quem ingressava em uma universidade optava por carreiras vinculadas à comunicação social e informática, principalmente. Foi um período em que a profissão de engenheiro foi esquecida”, recorda. O consultor admite que, atualmente, vem ocorrendo uma retomada do interesse dos jovens por cargos técnicos, porém lenta e gradual. “Em função do desenvolvimento econômico, do crescimento da indústria automotiva, das concessões de rodovias e investimentos em obras de infraestrutura, iniciou-se, paralelamente, uma alta demanda de técnicos, que não tem sido eficientemente suprida pelos trabalhadores jovens”, destaca o consultor, afirmando que são os profissionais de 50 anos em diante quem estão preenchendo essas vagas.


São pessoas mais maduras, com potencial para assumir cargos melhores, que, ao mesmo tempo em que estão sendo redimensionadas no mercado, passaram a gerar renda e qualidade de vida para si próprias, iniciando um processo de revitalização econômica da chamada terceira idade - que antes sobrevivia, em sua maioria, do dinheiro da aposentadoria ou com o auxílio de familiares. “A vantagem de contratar estes profissionais é que são mais estáveis, não têm vínculos com filhos pequenos, são mais comprometidos, engajados, centrados e assíduos”, destaca a consultor.


Costa defende, ainda, outras competências de recursos humanos que os mais velhos em geral possuem, enquanto o pessoal mais novo ainda não desenvolveu: são mais meticulosos, disciplinados, simpáticos, comunicativos, pacientes, têm aspectos de liderança e planejamento desenvolvidos e são menos impulsivos. “É possível que o País consiga contornar este ‘apagão’ de qualificação de mão de obra que tem ocorrido entre os jovens nos próximos oito anos. Sendo assim, as perspectivas para os profissionais seniores no mercado de trabalho são as melhores possíves”, estima o diretor da Human Brasil.


Mas, e depois desse período, será que existe a possibilidade de, novamente, o mercado virar as costas para os mais velhos? Na opinião de Fernando Montero, o mais provável é que haja um casamento de competências entre essas duas gerações. “O ideal será unir a agilidade, criatividade e domínio tecnológico dos jovens com toda a experiência dos maduros”, sugere. “A tendência é o Brasil valorizar cada vez mais os seniores. Eles devem conquistar seu lugar ao sol e, a partir daí, tornarem-se mais uma possibilidade de contratação”, completa.