Evento realizado em Boston, nos EUA, destacou a importância de reportar, de forma clara e isenta, fatores de riscos de negócios à direção das organizações
Transparência, idoneidade e coragem foram algumas das virtudes mais comentadas durante a principal conferência do ano de auditoria interna, promovida, neste mês, pelo The Institute of Internal Auditors – IIA Global, em Boston, nos EUA. Com o tema "Revolucionando a Auditoria Interna" o evento reuniu milhares de profissionais para discutir sobre a relevância e o papel de um auditor dentro de uma organização.
O presidente do IIA Global, Richard Chambers, foi categórico ao afirmar na palestra inaugural que o auditor interno não pode titubear ao reportar sobre a situação real e atual da companhia. "Temos que assumir as responsabilidades e transmitir as informações sem arestas e nem meias palavras. Afinal, se a direção não puder confiar no auditor interno, em que mais ela confiará?", indagou.
A forma como descobrir informações dentro das organizações também foi outro tema relevante no congresso. Segundo recentes pesquisas promovidas pelo IIA Global, o auditor precisa aprimorar as técnicas de persuasão e entrevistas a fim de obter dados detalhados do que ocorre nas diferentes áreas e operações de uma corporação.
Segundo Renato Trisciuzzi, presidente do conselho do Instituto dos Auditores Internos do Brasil - IIA Brasil, nos próximos anos a atuação do profissional de auditoria deverá ser embasada na proatividade, em levantar informações precisas e estreitar a relação com a direção das organizações, se transformando em um agente crucial, capaz de gerar valor real para a empresa. "É nosso papel mostrar nossa importância e que a empresa precisa conviver com um ambiente de total transparência. Temos que ter coragem em reportar riscos e erros, doa a quem doer, a fim de evitar fraudes e a má governança", comenta o executivo, que esteve presente em Boston.
Outra tendência confirmada em diversos painéis do congresso é a aplicação de técnicas da chamada "Auditoria Contínua", presente em organizações de ponta e que deverá se tornar comum em empresas de médio e grande porte. Trata-se de uma função de controle de dados extraídos esporadicamente, capaz de gerar parâmetros que identificam possíveis riscos na gestão de uma empresa.
Fonte: Administradores
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