quinta-feira, 28 de junho de 2012

Qual é a música? Um paralelo com os relacionamentos corporativos



Vamos imaginar qual seria o instrumento que gostaríamos de ser, qual é o instrumento que gostaríamos de tocar, como seria a orquestra que gostaríamos de pertencer e qual seria a música que pretenderíamos tocar




Tecnologia é o conjunto dos instrumentos, métodos e processos específicos de qualquer arte, ofício ou técnica. Gostaria de propor uma reflexão a partir de uma inversão: nós somos os instrumentos musicais tocados uns pelos outros formando uma só sinfonia.

Vamos imaginar qual seria o instrumento que gostaríamos de ser, qual é o instrumento que gostaríamos de tocar, como seria a orquestra que gostaríamos de pertencer e qual seria a música que pretenderíamos tocar, fazendo um paralelo com os relacionamentos corporativos.

Qual é a intensidade de notas musicais que um instrumento emite ao ser tocado pelas mãos de uma criança que não conhece o instrumento? O som é desconexo e sem harmonia, o que provoca uma atitude aversiva em primeira instância. Um pouco melhor é o som que emite um jovem aprendiz em uma atitude de estudo constante do instrumento, pois a repetição da mesma música também provoca um sentimento de enfado. Somente com amadurecimento o artista é capaz de provocar sensações e emoções cujas experiências ficarão impressas naqueles que participam do momento em questão.

Um único tocador não está sozinho, pois precisa do instrumento para que o som ecoe no espaço, assim a mais simples das músicas necessita de um relacionamento entre quem toca e quem é tocado.

Para um músico, seu instrumento é além de uma fonte de renda, é sua própria vida, pois não apenas vende sua música, mas também se alimenta dela, ou seja, não precisa apenas da renda que recebe quando toca, mas muito mais da experiência que vive ao tocá-la. Essa relação permite que tanto o artista quanto sua obra, cresçam com a experiência do relacionamento que mantêm. Um não vive sem o outro.

Assim, em um ambiente corporativo, estamos produzindo sinfonias através dos relacionamentos. Um tem uma ideia, outro complementa, outro executa e assim as notas vão surgindo e novas experiências tanto para os que criam como para os que assistem. E quem assiste também participa, pois emite opinião, gosta ou não gosta e é possível perceber o fato pelas expressões. Nós humanos temos essa capacidade de revelar os sentimentos nas expressões. E quando gostamos ficamos felizes e produzimos enzimas que hoje podemos também comprar na farmácia, uma vez que apesar da diversidade e volume dos "sons tocados", as experiências produzidas não demonstram sentimentos verdadeiros. Há que se pensar qual é a música que está faltando para que sentimentos profundos sejam despertados das entranhas do nosso ser para que vivamos com mais harmonia uns com os outros.

Voltando para o instrumento como tecnologia, notamos que ferramentas não faltam, o que falta é olhar nos olhos e entender a necessidade dos outros enquanto o mais íntimo do nosso bem querer, como se fossem nós mesmos. Somente assim construiremos ambientes aos quais queremos pertencer.



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