segunda-feira, 18 de junho de 2012

Jovens querem líderes que tenham conhecimento, defendem especialistas



Geração Y não quer saber da importância do cargo que um líder ocupa, mas sim do conhecimento que ele apresenta. Preparado para essa nova realidade?

Há tempos respeitar um superior meramente para cumprir um protocolo hierárquico deixou de ser uma constante nas empresas. A geração Y que o diga: os jovens de hoje não querem mais saber da importância do cargo que um líder ocupa, mas sim do conhecimento que o executivo apresenta.

E acredite, tal exigência não se resume apenas a técnica. A garotada quer mesmo um líder que saiba um pouco de tudo e que tenha habilidades em gestão.

“No passado as pessoas respeitavam aqueles que detinham o conhecimento técnico, mas hoje não. A relação de respeito se dá por reconhecimento”, diz o diretor da Page Personnel, Roberto Picino.

Segundo ele, cobranças e controle de nada adiantam nos dias de hoje. O jovem precisa mesmo de contexto. “Ele tem que fazer parte dos objetivos da empresa e realizar o trabalho por uma causa maior. Se o ambiente não promover esta troca, o jovem buscará outra oportunidade e certamente a encontrará”, explica o diretor.

Outros atributos
E não é só disso que eles precisam: transparência e integridade também são fundamentais.

“Tanto os jovens quanto os mais maduros respeitam os líderes íntegros, que sejam coerentes em seu discurso e pratiquem aquilo que falem”, diz a consultora associada da Muttare, Roberta Yono Ebina, que acredita que nem sempre isso aconteça nas empresas.

Na opinião dela, por exemplo, o mundo corporativo não costuma ser muito transparente, especialmente por conta de alguns gestores que têm seus bônus ligados ao resultado da empresa.

É hora de mudar
E não se preocupe se você ainda não conseguiu entender ou se adequar tão bem à essa nova realidade. Ainda dá tempo de mudar.

De acordo com Picino, para correr atrás do prejuízo o líder deve se preocupar, primeiramente, em entender as pessoas, pois mesmo os mais jovens podem ter objetivos diferentes de vida. “Cada pessoa será e terá motivações diferentes”, diz.

Além disso, é importante lembrar que o gestor não pode se esquecer de construir uma equipe que se complemente, sendo honesto quanto aos próprios gaps. “Ele precisa entender, ouvir e desafiar essa geração visando sempre novos ensinamentos. É fundamental também que ele evite comparações como a clássica: não é assim que funciona, na minha época...”, explica o diretor.

Feedbacks
E não se esqueça da importância dos feddbacks, afinal, um líder também precisa saber o que sua equipe pensa da sua gestão.

“Ele deve buscar o feedback dos seus colaboradores e não somente do chefe nem dos pares. A recomendação é que ele procure aquele com quem ele tenha mais diferenças”, diz Roberta.

E não tenha medo de perguntar. Questione se o colaborador gosta de trabalhar com você e se o que você faz, o ajuda ou o atrapalha no trabalho. Além disso, peça a opinião dele sobre quais mudanças ele gostaria de ver em você. Isso aproxima a equipe.

"Perguntar demanda uma boa dose de coragem, pois o líder poderá ouvir coisas das quais ele não tem a mesma percepção. Por isso, numa abordagem como essa é essencial que o gestor não justifique suas ações ou tente convencer o outro de que ele está errado", avisa Roberta.

Segundo ela, somente desse modo será possível entender o que ocorre na mente da própria equipe e checar no que ele pode ser melhor. “Existem programas de capacitação, cursos e livros que podem ajudá-lo nesta tarefa”, avalia.


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