quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

"Headhunter não pode ser apenas um colocador de pessoas"



Engenheiro civil, com MBA pela Fundação Getulio Vargas, André Freire assumiu a posição de número 1 da Odgers Berndtson no Brasil em maio de 2013. Veja o que ele nos disse em entrevista


Nos últimos anos, observamos uma forte entrada no Brasil de consultorias de recrutamento. Em sua opinião, há espaço para todas elas?
André Freire - Isso aconteceu porque a barreira de entrada para esse tipo de serviço é muito pequena, o que contribui para o perfil empreendedor do brasileiro. Muitos acreditam que é fácil entrar nesse segmento e só percebem que não é bem assim depois que tudo vira uma briga de preço. Por isso, não acredito que haja espaço para todas, mas o próprio mercado dá conta de regular essa situação. 


O curioso é que, ao mesmo tempo que há um excesso de consultorias, muitas empresas estão abrindo mão do trabalho externo de recrutamento. Isso forçou a mudança do papel do headhunter?

André Freire - Sim. Hoje, o headhunter não pode ser apenas um colocador de pessoas. Se for assim, ele vai competir com a rede social. É preciso entregar mais, entender a estratégia toda do negócio e seus desafios. A abordagem deve ser mais consultiva. 


As redes sociais são uma ameaça para o negócio de hunting?

André Freire - Não acho. Esse sistema pode conviver com o tradicional, e é saudável. A demografia está diminuindo e a guerra por talentos aumentando e, nesse contexto, as redes sociais são um grande auxílio, e não uma ameaça. 


O ano de 2013 tem sido bom para o negócio da Odgers? 

André Freire - Começou a melhorar bastante em abril e maio. Este ano, assim como o ano passado, está bastante desafiador.  


Quais setores estão mais aquecidos na busca de executivos?

André Freire - Em alta, temos os segmentos de educação, farmacêutico e ciências da vida. 


E em baixa? 

André Freire - Serviços financeiros, mineração, petróleo e gás. 


A Odgers tem posições de RH em aberto?

André Freire - Sim. O problema é encontrar o perfil demandado. Algumas empresas estão solicitando pessoas que não tenham histórico em RH e com um conhecimento mais holístico de todo o processo.


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