Na autoanálise, o profissional pode ser muito vaidoso, confiante demais ou ter auto-estima baixa ou ser extremamente critico
Algumas empresas pedem que seus funcionários avaliem seu próprio desempenho profissional. A autoavaliação é a primeira fase do processo, já que o colaborador também será analisado por seus gestores e até mesmo por seus pares.
As companhias utilizam deste artifício para saber como o profissional se enxerga no trabalho. “A ideia é avaliar a autopercepção. Nem sempre a maneira que a pessoa se vê é coerente com a realidade. Isso porque nós temos um filtro”, explica a diretora-executiva da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Izabel de Almeida.
Muitas vezes, o profissional pode ser muito vaidoso, confiante demais ou ter autoestima baixa ou ser extremamente critico. Nos primeiros casos, a autoavaliação deste profissional é sempre muito boa, enquanto no segundo, ele não valoriza nada do que fez dentro da empresa. Em ambas situações, a percepção destes profissionais está errada.
Nem mais e nem menos
Izabel explica que o profissional deve ser honesto com si próprio. Segundo ela, a pessoa deve analisar seus pontos fortes e os fracos, lembrando das competências que a empresa espera dela.
O mesmo conselho é apontado pelo professor de Planejamento e Gestão de Carreira e de Gestão em RH (Recursos Humanos) da Veris Faculdades, Nelson Fender. Para ele, o profissional deve ser sincero com o resultado que ele trouxe para empresa.
Esta sinceridade deve ser respaldada por números, o que torna o objetivo ou meta mensuráveis. “Se ele tinha uma meta de trazer tantos clientes para empresa, em 12 meses, na avaliação, ele fará as contas e verá o que ele conseguiu”.
Se ele não conseguiu, é importante avaliar quais foram os motivos que o impediram. “Contra fatos, não há argumentos”.
Em nenhuma hipótese o profissional deve mentir ou aumentar para se beneficiar, pois ele não aguentará sustentar a mentira por muito tempo. Neste caso, mentir é pior que aceitar que não teve o desempenho desejável pela empresa.
Avaliação do chefe
Após a autoavaliação do profissional, é a vez do chefe analisar seu funcionário. Por meio da comparação, explica o professor, o gestor conseguirá enxergar os pontos que o profissional deve melhorar.
“Mas não basta apenas apontar os GAPs, é importante que seja desenvolvido um plano de ação. Somente desta maneira, a pessoa conseguirá melhorar. Se a avaliação ficar na gaveta, acabará desmotivando os funcionários”.
Além disso, ele explica que a ferramenta não deve ser usada para penalizar os funcionários, ou seja, se alguém teve o desempenho muito abaixo do esperado, não deve ser demitido sem a chance de melhorar, porque em vez de ajudar, a avaliação causará medo nas pessoas e elas não dirão nunca mais a verdade.
Fonte: www.administradores.com.br
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