SÃO PAULO – A falta de líderes qualificados poderá afetar o crescimento das organizações em um período em que o País estará em pleno vapor: na Copa do Mundo de 2014.
Segundo uma pesquisa realizada pela ABRH-Nacional (Associação Brasileira de Recursos Humanos), 63,6% dos participantes consultados acreditam que as empresas nacionais não possuem líderes suficientes para suprir as necessidades dos próximos três anos.
Os dados fazem parte da pesquisa “Sonhos e Pesadelos dos profissionais de RH”, que contou com a participação de 379 pessoas.
“Existe uma consciência muito grande da importância dos líderes. Se antigamente esse título era apenas do diretor da empresa, hoje isso vai do diretor ao chefe de turno. É uma cadeia”, diz o diretor de pesquisa da ABRH-Nacional, Eugenio Mussak.
Na opinião dele, é até possível encontrar pessoas com qualidade técnica, mas não com qualidade para liderar. “Diferente de outros recursos as pessoas não podem ser controladas, mas devem ser lideradas”, defende.
Qualificação em falta
Atualmente, a falta de profissionais qualificados é um dos itens que mais tem preocupado as empresas em todo o mundo. Contudo, nem sempre apenas disso depende uma companhia. Para Mussak, por exemplo, uma organização deve considerar três itens em sua formação: o capital, o conhecimento e as pessoas.
Entretanto, se a estrutura organizacional não for suficiente, é provável que outros problemas possam surgir, e a retenção de talentos é um deles.
Segundo a ABRH-Nacional, 83,6% dos pesquisados - o equivalente a 316 entrevistados - acreditam que será mais difícil reter talentos em 2012. Além disso, 31% dos consultados não sabem o que fazer para reter a mão de obra disponível no País.
Avaliação de talentos
Para entender as razões que levam à não retenção de talentos, Mussak recomenda uma avaliação criteriosa dos profissionais de recursos humanos.
Na opinião dele, descobrir como solucionar o impasse seria mais fácil se os contratados de uma organização se questionassem sobre os motivos que levariam alguém a trabalhar na companhia em questão.
"O profissional precisa sentir orgulho da empresa em que trabalha, ser reconhecido [também de forma monetária] e ter oportunidade de se desenvolver", diz.
Fonte: www.infomoney.com.br
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