Ineficiência da liderança na hora de tomar decisões e traçar o destino de uma empresa pode se tornar o principal obstáculo para o desenvolvimento de uma empresa, acredita consultora
Um dos assuntos mais comentados nos últimos tempos é o chamado "apagão de talentos" que o Brasil estaria vivendo neste momento. Muito se discute, tanto na mídia e veículos especializados quanto em reuniões dentro do ambiente corporativo, sobre a falta de mão de obra qualificada para as empresas expandirem suas atuações e, consequentemente, ganharem mais mercado.
Entretanto, por quais motivos esse "problema" não atinge todas as organizações? Será que gestores incapacitados para o cargo ou modelos de gestão desatualizados com a evolução do mercado não atravancam o progresso de companhias e, principalmente, de pessoas?
Segundo a pesquisa Global CEO Sudy 2010, realizada pela IBM, a falta de profissionais qualificados é a maior preocupação dos CEOs. Além disso, o estudo também aponta que no Brasil a falta de mão de obra especializada é o maior problema de 71% dos presidentes das empresas entrevistadas, um percentual superior à média mundial, de 58%.
Para Roberta Yono Ebina, da consultoria Muttare, "o que existe nas organizações são pessoas sedentas por realizar suas responsabilidades e se mostrarem úteis, dando o seu melhor e querendo ver sua contribuição ser reconhecida. Mas, por outro lado, o excesso de gestores que, com a prepotência do conhecimento e o medo, impedem alguns colaboradores de realizarem".
Segundo Ebina, com medidas paliativas, as empresas acabam não conseguindo resolver os problemas existentes. "Não há consultoria ou programa de formação de líderes que dê conta dessas características. São apenas os sintomas que são tratados e não a causa do problema", destaca.
"Diante deste cenário, o que temos na realidade são gestores mandando e pessoas talentosas ociosas, passivos trabalhistas exorbitantes, fazendo, por fim, consultorias ganharem dinheiro comercializando 'fórmulas milagrosas'", a consultora.
"O programa de formação de liderança, por exemplo, é eficiente e não eficaz. Investir somente em treinamento de formação de liderança sem mudar a estrutura de comando e controle pode ser um tiro no pé, tanto para o gestor, que se arrisca a perder o cargo, quanto para sua equipe", conclui Roberta.
Fonte: www.administradores.com.br
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