terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Mundo corporativo: veja dicas para tomar boas decisões


Uma decisão equivocada nos dá a chance de corrigir o problema, aprender e não repetir o erro. Já a falta de decisão aumenta o problema, tornando-o, na maioria vezes, irreversível





Nesses anos de atuação como coach, uma certeza se faz cada vez mais presente: somos fruto das nossas decisões. O que decidimos hoje determinará a nossa vida no futuro. Mas também aprendi outra lição: quando deixamos de decidir, ainda assim, estamos tomando uma decisão, pois a postergação também trará consequências e, geralmente, são mais prejudiciais do que as consequências de uma decisão equivocada. Uma decisão equivocada nos dá a chance de corrigir o problema, aprender e não repetir o erro. Já a falta de decisão aumenta o problema, tornando-o, na maioria vezes, irreversível.

E esse comportamento de postergação, quando se faz presente nas organizações, prejudica consideravelmente os resultados. Um profissional que não tem a capacidade de decidir, geralmente empurra o problema com a barriga ou transfere a responsabilidade para outras pessoas, gerando conflitos, insatisfação e, consequentemente, prejuízos. As indecisões no alinhamento das estratégias, na resolução dos problemas internos, no atendimento às solicitações dos clientes, enfim, em qualquer situação, por mais irrelevante que pareça, podem levar um pequeno problema a dimensões desnecessárias.

DECISÃO = CORAGEM + RESPONSABILIDADE

Imagine que você é funcionário de uma companhia aérea, o voo foi cancelado por problemas técnicos e os clientes estão diante de você cobrando uma solução. O que você faz?

1.      PREFERE NÃO FAZER! É melhor que alguém responsável resolva.

Você não teve coragem de se comprometer com a solução do problema. Se alguém resolver por você, a responsabilidade é dele.

2.      FAÇO O QUE MANDARAM FAZER! De maneira sucinta, independente se vão gostar ou não, transmito a mensagem indicada pela empresa.

Você teve coragem de transmitir a mensagem, mas não responsabilizou-se pela resolução do problema. Se não gostarem, paciência, você está seguindo as normas da empresa.

3.      CONTORNO O PROBLEMA! Digo o que for preciso, podendo ou não cumprir, para acalmar os clientes.

Você teve coragem para enfrentar a situação, mas não foi responsável o suficiente para encontrar soluções que efetivamente resolvessem a questão. Contornar o problema não é sinônimo de comprometimento com a empresa, e sim, de irresponsabilidade com a perenidade do negócio, afinal, uma situação mal resolvida cobrará o seu preço mais cedo ou mais tarde.

4.      RESOLVO O PROBLEMA! Analiso todas as possibilidades, converso francamente com os clientes e somente me dou por satisfeito quando encontrar uma solução para todos.

Você teve coragem para encarar o problema de frente, comprometeu-se com o cliente e foi responsável ao buscar todas as informações necessárias para solucionar verdadeiramente a situação.

DECISÃO = PREPARO

Por que muitas pessoas não tomam decisão? Por insegurança! A insegurança é fruto do medo, que por sua vez, é fruto do desconhecido. Portanto, quando temos que tomar uma decisão e não temos informação suficiente sobre o assunto, o medo se apresenta, gerando a insegurança, que gera a dúvida. Nesses casos, a melhor opção é “ficar em cima do muro” e não decidir.

Logo, o melhor caminho para uma tomada de decisão veloz e assertiva é o preparo. O preparo vem da observação, da experiência e da capacidade de buscar novas informações. O profissional que preocupa-se em conhecer as mais diversas áreas da empresa, a concorrência, o mercado e se atualiza frequentemente sobre as novas tendências da sua profissão, torna-se mais confiante e apto a tomar as melhores decisões no momento certo.

A coragem é fundamental para a tomada de decisão, no entanto, sem preparo, é inconse-quência. Ousar saltar de paraquedas é coragem, não preparar-se é inconsequência.

As organizações do futuro tendem a participar cada vez mais os colaboradores das decisões. As pessoas que adquirirem o hábito de analisar os cenários e tiverem a capacidade de julgar e decidir com velocidade e assertividade ganharão destaque e conquistarão espaços importantes nas estratégias organizacionais.

DECISÃO = PLANEJAMENTO

Sabemos que algumas decisões requerem uma atitude imediata, muitas vezes, sem qualquer tempo para pensar adequadamente sobre o assunto. Nesses casos, o tempo que você investiu e investe no seu preparo lhe será muito útil.

Agora, quando você tiver a possibilidade de preparar-se mais adequadamente para tomar uma decisão importante, alguns pontos devem ser levados em consideração:

- O que eu ganho com essa decisão;

- O que eu perco com essa decisão? Como eu posso minimizar essas perdas?

- O que me garante que isso vai dar certo?

- Quais são os riscos dessa decisão? Como posso minimizar os riscos?

- De quem mais depende para que essa decisão apresente os resultados esperados? Se eu não puder contar com essas pessoas, o que eu posso fazer para que a decisão dependa apenas de mim?

ALGUMAS DICAS PARA TOMAR DECISÕES COM MAESTRIA:

- Cuidado com a impulsividade! Planeje-se para tomar decisões com segurança;

- Seja um agente de soluções - Atualize-se e busque novas informações constantemente;

- Alie ousadia e preparo para não tomar decisões inconsequentes;

- Não postergue! Entre em ação e faça as coisas acontecerem;

- Seja pró-ativo na busca de soluções! Não permita que a reatividade prejudique as suas decisões;

- Comprometa-se com as suas decisões. Por mais que você divida as decisões com outras pessoas, a responsabilidade pelos resultados é sua.

Por fim, tomada de decisão é a capacidade de preparar-se continuamente para se antecipar às constantes mudanças do mundo corporativo. Coragem, responsabilidade, preparo e planejamento são competências fundamentais para decidir certo e no tempo certo! 


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