quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
Profissionais maduros estão em alta
A chamada Geração Baby Boomer, compreendida pelas pessoas nascidas entre 1946 e 1964, vem conquistando novamente seu espaço nas organizações por terem maior vivência, conhecimento e inteligência emocional
Nunca se falou tanto do assunto Geração Y no mercado de trabalho. Engajados e com muita vontade de fazer acontecer, estes profissionais ganham cada vez mais espaço dentro das organizações. Porém, para que haja equilíbrio entre velocidade de resultados e ponderação de atitudes, existe uma grande tendência no recrutamento das empresas: a contratação de pessoas mais experientes.
A chamada Geração Baby Boomer, compreendida pelas pessoas nascidas entre 1946 e 1964, vem conquistando novamente seu espaço nas organizações por terem maior vivência, conhecimento e inteligência emocional. O uso das tecnologias para execução do trabalho é relativamente novo e muito do conhecimento de processos organizacionais está embutido na cabeça de pessoas mais velhas. Com a saída destes trabalhadores no decorrer dos anos, muitas empresas perderam em conhecimento e muitas companhias passaram a recontratar antigos colaboradores da própria empresa, como os já aposentadas, por exemplo.
Um dos principais desafios deste perfil de profissionais é conviver com uma geração mais nova. Ter este tipo de flexibilidade é uma competência vital para quem retorna ao mercado de trabalho. "Outro desafio é a adaptação ao avanço das tecnologias. Ainda há uma certa resistência dos profissionais mais velhos em utilizar algumas ferramentas, mas estar 'antenado' com as novidades garante uma sobrevivência maior nas organizações", Carolina Manciola, gerente de consultoria e treinamento do Grupo Triunfo. Segundo ela, os mais experientes devem ter a humildade de saber que há muito coisa para aprender, apesar de terem grande conhecimento sobre outras questões importantes do mercado de trabalho.
A linguagem e a atitude no ambiente de trabalho praticada pelos mais novos pode causar estranheza. Para esta geração, a hierarquia ou a diferença de idade não são tão valorizadas quanto antes – o que mais importa são as competências. Então, cabe ao mais velho aprender com esta geração e ao mesmo tempo passar seu conhecimento de anos. "A geração mais antiga pensa mais de uma vez ao tomar uma decisão. Em contrapartida, vejo que uma das falhas dos mais jovens é agir por impulso. O estado emocional faz com que os mais velhos sejam mais estáveis e não repliquem tanto conflitos pessoais nas atividades do trabalho", opina Reinaldo Passadori, administrador de Empresas com especialização em Recursos Humanos.
Liderança
Hoje, um dos principais desafios das organizações é ter líderes preparados. Elas começaram a perceber que não adianta investir em talentos com alta capacidade de trabalho, mas que não tenham competência de gerir outras pessoas e pulso para tomar importantes decisões. Nestes momentos, profissionais mais maduros são requisitados, pois a experiência dá condições de uma gestão com mais equilíbrio.
Para Passadori, "o bom profissional é valorizado em qualquer época, independente da idade e das circunstâncias do mercado". De acordo com o administrador, a Geração Y tem vontade, conhecimento, mas não tem a experiência que certos cargos exigem. "Pelo fato da maior maturidade e vivência, as características mais contrastantes se comparado aos mais jovens é a ponderação, racionalidade e equilíbrio emocional", completa.
Fonte: www.administradores.com.br
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