Por Flávia Furlan Nunes - InfoMoney
Erros fazem parte do processo de evolução do ser humano, inclusive no âmbito profissional. O problema é que muitas pessoas não conseguem reconhecer isso.Elas deixam de enxergar que estão cometendo erros e, pior do que isso, sempre os mesmo erros, prejudicando o trabalho alheio. De acordo com a psicóloga e psicoterapeuta, Clarice Barbosa, a pessoa faz isso de forma inconsciente."Existem pessoas que não assumem erros, sempre têm respostas prontas e colocam o erro nos outros. Elas lidam com o erro se justificando. Normalmente, são pessoas resistentes a mudanças e que têm dificuldade em assumir falhas. Na infância, eram muito protegidas pela família", explicou a psicoterapeuta.Elas são diferentes daquelas pessoas que, quando erram, enxergam pontos em que precisam melhorar. Ao contrário disso, o erro traz para elas o sentimento de incapacidade.Problemas com a equipeÉ fácil reconhecer essa pessoa no ambiente de trabalho. Se você ainda não se deparou com alguém com este perfil, certamente já ouviu alguém reclamar desse tipo de atitude, principalmente os colegas sem paciência. Esse tipo de profissional sempre erra e, pior do que isso, por mais que você explique inúmeras vezes, não consegue acertar!Clarice disse que é função da equipe, se esta observar que está sendo prejudicada, mobilizar-se para fazer algo em relação ao colega.Isso porque, por mais que essa pessoa que erra a mesma coisa várias vezes tenha sua carreira cheia de surpresas desagradáveis, ela não percebe a gravidade do que ocorre. "Ela só vai buscar ajuda quando tiver um prejuízo maior, porque ela só vai trazer para a consciência dela que está tendo esse comportamento quando for muito prejudicada", detalhou Clarice.A psicoterapeuta explicou que existem "erros e erros", e que tanto o líder quanto o responsável pelo RH (Recursos Humanos) devem ficar de olho nisso. O fato de que se aprende com o tempo deve ser considerado, mas com limites.Pode chegar à liderançaDe acordo com Clarice, se essa pessoa que erra muito é protegida, ela continuará na empresa mesmo cometendo equívocos e, pior do que isso, poderá chegar ao cargo de liderança."Fica difícil o relacionamento na empresa, já que o líder não vai ter a credibilidade da equipe. Sempre existirão pessoas saindo, porque o líder vai colocar a culpa dos erros nos outros. As coisas ficam 'empacadas', a equipe não tem resultados e não se estimula", disse.Será despreparo ou falta de talento?Uma pessoa que erra muito, de acordo com Clarice, também pode ser alguém despreparado para assumir a função em que está. Pode ser que não tenha aprendido o suficiente para estar no posto. Neste caso, a solução para a empresa, se quer contar com o profissional, é ajudá-lo a se aprimorar."É falta de preparo, então vamos fazer cursos! Isso não é proteger", disse a psicoterapeuta, para quem a proteção seria deixar o profissional na empresa, sem agir de forma proativa para sua evolução.Outra explicação para a incidência dos mesmos erros pode ser a falta de talento para o trabalho em questão. A pessoa pode estar no lugar errada e o que lhe é exigido pode ir além do que ela consegue fazer.Déficit de atençãoUma pessoa pode errar com frequência também pelo fato de ter um distúrbio de déficit de atenção. Por ter uma concentração menor naquilo que está fazendo, existe uma chance maior de errar, o que reduz a eficiência desse profissional. "O transtorno precisa ser diagnosticado por um médico, que apontará o tratamento necessário".Para tirar a dúvida se a pessoa erra mesmo por conta de seu perfil psicológico ou por um distúrbio de déficit de atenção, as seguintes perguntas devem ser feitas:
Qual o comportamento da pessoa quando avisada do erro? Se nega, culpa os outros ou dá desculpas, pode ser problema de perfil psicológico.
Quando há um projeto complexo, ela fica dispersa? Isso pode identificar déficit de atenção.
É uma pessoa que começa e não termina as atividades? Este é outro sinal do déficit de atenção.
Fonte: http://www.administradores.com.br/noticias/por_que_algumas_pessoas_insistem_em_cometer_os_mesmos_erros/26327/
terça-feira, 29 de setembro de 2009
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