quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Análise - Geração Y e o mercado de trabalho

Cada vez mais empresas estão em busca de formas inovadoras de captar e manter talentos da geração Y em seus bancos de currículos



Um dos maiores desafios do mercado de trabalho atual é entender as motivações e o perfil profissional de uma geração jovem que vem ascendendo em várias profissões mas que têm valores e objetivos muito peculiares. Formada por pessoas que nasceram entre o início da década de 80 e meados da década de 90, a Geração Y hoje é a chave no mercado de trabalho do setor de TI. Os “Y” costumam ser definidos como ‘’voláteis’’ por empresas mais tradicionais, por que muitos profissionais desta faixa etária procuram mais do que apenas um ‘’emprego estável’’ para garantir a aposentadoria.

Cada vez mais empresas estão em busca de formas inovadoras de captar e manter talentos da geração Y em seus bancos de currículos. Antes de tudo é preciso conhecer os valores destes profissionais, que muitas vezes têm mais motivação pelo desafio apresentado e as oportunidades de crescimento futuro, do que somente pela questão financeira. Outros fatores que fazem a diferença é um ambiente de trabalho menos formal, que priorize ideias, além da meritocracia e incentivo da atualização profissional, através de cursos e capacitações.

Uma pesquisa realizada pela Amcham (Câmara Americana de Comércio) revela como as empresas entendem e ajustam suas políticas de gestão de pessoas para atuar com os jovens da geração Y no Brasil. Entre as percepções mais importantes, está a de que estes profissionais procuram por empresas que lhes ofereçam jornadas flexíveis, estabilidade e plano de carreira. Segundo o levantamento, como estratégia para reter os colaboradores, mais de 40% das empresas adotam a flexibilidade de horários e 34,5% criam planos de carreira específicos para estes jovens. Para especialistas e empresários, a contratação destes profissionais tende a deixar a equipe mais tranquila e confiante, afinal o objetivo claro é cumprir metas e ascender na empresa, algo que todo bom profissional almeja. 

Outra pesquisa, realizada pela Robert Half com CFOs (chefes financeiros), constatou que 48% dos entrevistados têm dificuldade em atrair estes talentos e que para 55% destes líderes, reter a geração Y é a tarefa mais difícil em uma empresa. Com o crescimento da área de tecnologia da informação é possível verificar que a maior parte das empresas não consegue preencher suas vagas com profissionais devidamente capacitados. Daqui um ano serão mais de 45 mil vagas não preenchidas, o que permite aos profissionais mais facilidade na hora de escolher o local que desejam trabalhar. A oportunidade de escolha será bem maior.

Uma dica importante para os gestores que desejam contratar este tipo de colaborador é sempre se mostrar disponível e ficar próximo o bastante para ouví-los, procurando se comunicar também por novas tecnologias (mensagens instantâneas, chats etc), além de e-mails e redes sociais. 

Outro fator que explica porque faltam candidatos com este perfil no mercado é o grande potencial empreendedor dos jovens. Os “Y” é uma geração que tem menos medo de arriscar e já pensa em montar um negócio, em transformar uma ideia em realidade. O universo de startups é fruto disso. Mas muitas vezes, se um empregador sabe aproveitar o potencial empreendedor destes profissionais, ele pode canalizar suas ideias para o ambiente da empresa. Não à toa, muitos profissionais da Geração Y já são chefes de equipe, o que permite perceber uma grande capacidade e espírito de liderança. Eles têm pressa de chegar ao topo e procuram atender a todas as necessidades que a empresa dispõe. Por tais características, muitas vezes ligadas a proatividade e estilo de vida foi necessário reestruturar muitos escritórios a fim de adaptar o modelo de trabalho.

Com certeza essa geração é composta por profissionais que vão gerar cada vez mais lucros e benefícios para as empresas com uma mentalidade bastante avançada e criativa. Serão colaboradores que têm planos de permanecer por muito tempo nas empresas, desde que possam exercer suas funções com autonomia, espaço aberto para novas ideias, relação de confiança com os chefes e oportunidades de crescimento. 

Carolina Pizolati Farah é sócia e diretora comercial da Sinergia Recursos Humanos. É psicóloga, mestre em Administração Profissional na Universidade do Estado de Santa Catarina e pós graduada em Gestão de Recursos Humanos.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Feedback: ferramenta fundamental para o desenvolvimento das equipes

O papel do feedback é aprimorar o trabalho de colaboradores, através da busca de aperfeiçoamento, pois é um importante recurso que permite que a pessoa perceba como está sua conduta profissional



Sempre em busca do crescimento as empresas investem cada dia mais na comunicação. Procurar ouvir e conversar com os colaboradores é essencial para entender o funcionamento dos negócios e ajudar as equipes na gestão de crises.

Considerada como uma das ferramentas fundamentais das relações nas organizações, o feedback é essencial para o desenvolvimento de equipes e é a principal forma de alinhar o trabalho do profissional com o que de fato a organização espera.

O papel do feedback é aprimorar o trabalho de colaboradores, através da busca de aperfeiçoamento, pois é um importante recurso que permite que a pessoa perceba como está sua conduta profissional, onde está acertando e quais os pontos onde deve melhorar.

Podemos citar três tipos de feedback:

1- Feedback Construtivo: consiste na informação dada sobre o comportamento de um profissional acompanhada de uma sugestão de melhoria.
2- Feedback Positivo: é dada a informação que o comportamento do profissional fez com que ele alcançasse os objetivos propostos com assertividade, propondo a prosseguir;
3- Feedback Negativo: é utilizado quando o profissional não atingiu os resultados esperados e encorajando-o  a mudança.

Proporcionar esse tipo de comunicação gera mais confiança e dedicação no trabalho por parte de líderes, gestores e colaboradores. Criando um ambiente aberto a comunicação e consequentemente melhoria nos relacionamentos e engajamentos.

Alguns pontos são essenciais para um feedback efetivo:

- Escolha um ambiente onde o profissional se sinta a vontade, mais descontraído, evite o clima de tensão.

- Reflita sobre o que pretende falar e faça um balanço dos pontos positivos e negativos.

- Primeiramente exponha os aspectos positivos, em seguida os pontos a ser melhorado e por ultimo encoraje-o a mudança.

- Dê oportunidades para que o profissional também possa falar, escute com atenção.

- Seja claro e objetivo.

- Esteja sempre preocupado em motivar o colaborador e reforce as mudanças desejadas.